sexta-feira, 8 de agosto de 2008


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Escolha o que vai comer para barrar a gordura

Calorias pesam na balança, mas nem sempre devem ditar o que você vai pôr no prato. "É que a economia calórica às vezes representa prejuízo para a saúde", ensina a nutróloga e endocrinologista Valéria Goulart, de São Paulo. Então, não caia na armadilha do emagrecimento a qualquer custo

Por CARLA CONTE

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SUCO DE LIMÃO (1 copo de 200 ml - 72 cal)
versus
REFRIGERANTE LIGHT (zero caloria)
Quantas vezes você desprezou um suco natural em favor da bebida gasosa sem calorias? E aí é até natural justificar a escolha com o argumento de que contra números não há argumentos. Há, sim! Um copo de suco de limão fresquinho possui muitos minerais, vitaminas e antioxidantes. Ou seja, ele é meganutritivo, enquanto o refrigerante light, embora nada calórico, está lotado de aditivos químicos. E que mal tem isso? Ora, são mais toxinas que circularão no seu organismo, o que pode alterar o metabolismo e até mesmo dificultar a perda de peso. Ou seja, sob qualquer ponto de vista, um copo de suco de fruta sempre vai ser uma escolha melhor do que um copo de refrigerante. O limão, em especial, ajuda bastante quem quer emagrecer, pois elimina o excesso de água e desintoxica o corpo -- adeus, inchaço! Sem contar outros dois benefícios e tanto para a saúde: o ácido fólico reduz a homocisteína, o aminoácido que predispõe à aterosclerose (o acúmulo de gordura nas artérias) e os limonóides têm ação anticâncer.


SALMÃO (1 posta de 200 g - 440 cal)
versus
ALCATRA (1 bife grelhado de 200 g - 400 cal)

As calorias são quase as mesmas, mas o peixe é infinitamente mais rico em nutrientes do que a carne. Além de boa fonte de proteína, o primeiro é tem gorduras essenciais, como o ômega-3, que, ao contrário de outras, ajuda a perder peso. Esse ácido graxo também previne doenças cardiovasculares. De que forma? Controla a pressão arterial e faz cair o risco da temida aterosclerose. Quer mais? Suas propriedades antiinflamatórias derrubam a probabilidade de ganho de peso. Explica-se: qualquer processo inflamatório aumenta o estoque de gordura. É um mecanismo de defesa, já que o corpo precisa dessa energia extra para se livrar do problema. Ainda por cima, o consumo regular do peixe colabora com a coagulação do sangue, alivia os sintomas da artrite reumatóide, protege a pele dos raios UV e diminui o risco do mal de Alzheimer, entre outras doenças degenerativas que acometem os idosos. Para completar, o ômega-3 do salmão combate distúrbios do sono. Vale a pena abrir mão de tantos benefícios por causa de míseras 40 calorias?

CASTANHA-DO-PARÁ (1 unidade - 27 calorias)
versus
BISCOITO DE POLVILHO (1 unidade de 3 g - 12 calorias)
Cá entre nós, quem consegue comer apenas um polvilho no lanche da tarde? É uma baita tentação. Porém, se for beliscar, vale a pena consumir um regalo mais saudável. A castanha-do-pará contém cromo, um mineral que combate o desejo por açúcar, além de dar saciedade. Uma única dessa oleaginosa já é capaz de fornecer nossa necessidade diária de selênio, mineral que atua no equilíbrio da tireóide (evitando, portanto, oscilações de peso), previne tumores, fortalece o sistema imunológico, reduz a toxicidade de metais pesados e protege contra a ação dos radicais livres. Tem mais: a delícia brasileira previne problemas cardíacos. Tanto que ganhou o selo de redutora de doenças cardiovasculares da FDA (Food and Drug Administration), a poderosa agência americana que regula alimentos e remédios. Já o biscoito de polvilho, apesar de suas poucas calorias, está longe de ser nutritivo. Além disso, quando a gente vê, já comeu o pacote inteiro! Bem diferente do que acontece com a castanha -- cinco delas já espantam a fome.

AZEITE EXTRAVIRGEM (1 colher de sopa - 125 calorias)
versus
MOLHO PRONTO (1 colher de sopa - 85 calorias)

De novo, se a gente for pensar apenas nas calorias, tende a levar a segunda opção. Ainda mais se for a versão light, obviamente menos calórica. Mau negócio. Numa rápida comparação, o azeite, principalmente o extravirgem, esbanja predicados, enquanto o molho industrializado contém óleos vegetais parcialmente hidrogenados, que não fazem nada bem à saúde. O óleo extraído da oliva ajuda a prevenir a aterosclerose, reduz os riscos de problemas cardíacos, melhora o funcionamento do estômago e do pâncreas, acelera as funções metabólicas. Na hora de emagrecer, ele se torna um grande aliado, ao contrário do que muita gente pensa. Meia colher de sopa retarda a digestão, além de diminuir a absorção dos alimentos e o esvaziamento do estômago. Em outras palavras, dá saciedade. Sem falar na capacidade que o sumo das azeitonas tem de baixar o índice glicêmico da refeição. Isso significa que cai a produção de insulina - hormônio que, em excesso, favorece o acúmulo de gordura na cintura, a visceral.


AVEIA (1 colher de sopa - 59 cal)
versus
BARRA DE CEREAL LIGHT (1 unidade - 50 cal)

É praticamente impossível dissociar barrinha de cereal da hora do lanche. Porém, a aveia em flocos é uma alternativa e tanto - ainda mais se salpicada sobre um copo pequeno de iogurte desnatado. Esse cereal integral tem efeito diurético, regula o metabolismo e concentra muitas fibras, entre elas as solúveis, que conferem maior sensação de saciedade. Também é capaz de diminuir a taxa de glicose no sangue, o que evita picos de fome e a produção excessiva de... ela mesma, a insulina, que pode levar à obesidade. Ainda por cima, a aveia é amiga das artérias do coração, pois varre o colesterol ruim (LDL). E, como se fosse pouco, reduz o risco de câncer do intestino e do tubo digestivo.


LASANHA À BOLONHESA (200 g - 280 cal)
versus
SANDUÍCHE DE PÃO INTEGRAL LIGHT (com peito de peru e queijo branco - 265 cal)

Nem pense em cometer de novo o grave erro de substituir a macarronada pelo sanduíche na vã ilusão de que essa é uma ótima maneira de poupar calorias. Pois é, trata-se mesmo de um grande engano. Começa que a diferença entre ambos não é lá grande coisa. E depois a massa, além de nutritiva, não é nada perigosa para quem vive de controlar o peso. Isso se o tamanho do prato não for exagerado, bem entendido. Uma porção de lasanha com certeza vai aplacar mais a sua fome do que o sanduíche. E, como se isso não bastasse, o molho de tomate sobre a massa é rico em licopeno, que ajuda a prevenir o envelhecimento precoce e afasta alguns tumores. Para ter uma noção, 10 colheres desse molho semanalmente podem reduzir em 50% o risco de ocorrência de 11 tipos de câncer, entre eles o de próstata. Se for à bolonhesa, ótimo, porque conta com a proteína da carne. E os vegetarianos, à base de abobrinha, cebola e tomate, também são ótimos parceiros da balança. Só não vale recorrer a preparações do tipo quatro queijos, rosé ou branco, lotadas de gordura, olha lá.


ABACATE (4 colheres de sopa, com algumas gotas de limão e adoçante - 168 cal)
vesus
MOUSSE DE MARACUJÁ LIGHT (4 colheres de sopa - 114 cal)

Oba, hora da sobremesa. E, de preferência, açucarada. Você também tende a escolher uma guloseima? Se a resposta for sim, na certa a palavra mágica é... musse. Feita com ingredientes light ou, então, à base de frutas, claro. Parece uma escolha mais vantajosa do que optar, por exemplo, pelo abacate, que carrega a fama de engordar. Pois saiba que essa fruta é disparado a melhor pedida, apesar de gordurosa. É que suas moléculas monoinsaturadas são benéficas para o corpo como um todo. O abacate também modula o índice glicêmico, que, por sua vez, reduz a produção da insulina. Se o hormônio estiver em alta, o ponteiro da balança também dispara, como já vimos. E o que pouca gente sabe é que o abacate tem uma substância antiinflamatória, chamada beta-sitosterol, que diminui a resistência à perda de peso. A fruta é tão poderosa que até faz abaixar a quantidade de cortisol, o hormônio do estresse. E o que isso tem a ver com ganho de peso? Basicamente, as tensões do dia-a-dia desaceleram o metabolismo. Em conseqüência, as gorduras se acumulam.

domingo, 3 de agosto de 2008

As 4 frutas que eliminam gordura

As 4 frutas que eliminam gordura

Emagreça com Saúde!

A pêra está nesse time. E a laranja -- quem diria -- também. Como assim? Ela não está cheia de calorias? E o que dizer da gordurosa amêndoa -- sim, ela é outra que elimina quilos extras. Nós vamos esclarecer direitinho essa história

Por CARLA CONTE

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PÊRA
Ela tem seu mérito e não só a popular maçã - na hora de enxugar os quilos extras. Pesquisa do Instituto de Medicina Social da Universidade do Rio Janeiro -- e publicada no o Journal of Nutrition, uma das mais respeitadas revistas americanas sobre nutrição -- mostrou que as mulheres que comeram três pêras por dia durante 12 semanas consumiram menos calorias e perderam mais peso do que as que não ingeriram nenhuma fruta. O estudo foi feito com 411 voluntárias entre 30 e 50 anos. A pêra tem a grande vantagem de ser bem fibrosa. Concentra, em média, 3 gramas de fibras totais por 100 gramas - quase o dobro da maçã, que fornece 1,6 grama, afirma a nutricionista Tânia Rodrigues, diretora da RGNutri Consultoria Nutricional, de São Paulo. Além disso, o consumo de uma unidade representa 12% da necessidade diária de fibras, que é de aproximadamente 25 gramas por dia. Ela também é grande fonte de fibras insolúveis, que estão relacionadas à prevenção de prisão de ventre e de doenças como diverticulite e câncer de cólon, completa Tânia.


GRAPEFRUIT E SUAS IRMÃS
Quer uma razão para reverenciar essa fruta? Ingerir metade de uma grapefruit ou tomar seu suco antes de cada refeição pode ajudar na perda de até meio quilo por semana, mesmo que você não mude absolutamente nada na sua dieta. Foi essa a conclusão a que chegaram os pesquisadores da Scripps Clinic, na Califórnia, uma rede de serviços de saúde sem fins lucrativos e que investe pesado em estudos. Eles acompanharam 100 obesos por 12 semanas. Passado esse período, descobriram que componentes da fruta ajudam a regular a produção de insulina, um hormônio que está intimamente ligado ao estoque de gordura. Níveis baixos de insulina também contribuem para afastar o apetite por mais tempo quando os índices estão elevados, o hormônio estimula o hipotálamo, região do cérebro que, entre outras funções, regula a fome. Se anda difícil encontrar grapefruit na sua cidade, aposte em duas outras variedades: a laranja-pêra e a laranja-bahia. A sugestão é de Vanderlí Marchiori, nutricionista e fitoterapeuta, de São Paulo. Elas contêm os mesmos compostos e atuam da mesma forma no emagrecimento, garante.


BANANA VERDE
Verdade. Nesse estágio, ela faz a balança se render graças a um amido resistente que ainda marca presença no macarrão integral, no feijão branco, na lentilha, na cevada e no pão com grãos integrais, que têm alto poder de saciedade. Esse efeito ficou mais do que comprovado em uma pesquisa americana realizada pela Universidade do Estado de Louisiana e publicada no Journal of Obesity. De acordo com o estudo, esse amido estimula hormônios que fazem o organismo se sentir satisfeito e sinalizam que é hora de parar de comer. O amido resistente também promove um aumento do peristaltismo intestinal, que pode diminuir a absorção de nutrientes e, conseqüentemente, de calorias, afirma a nutricionista Luci Uzelin, coordenadora de nutrição do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Outro dado: um pequeno estudo da Universidade do Colorado revelou que a queima de gordura foi 23% maior entre os pacientes que incluíram alimentos ricos nesse amido. Dá para comer banana verde? Sim. Você encontra receitas ótimas na internet ou no livro Yes, nós temos Bananas (editora Senac), de Heloísa de Freitas Valle, uma das pioneiras no uso da fruta verde como ingrediente principal de vários pratos.


AMÊNDOAS
Esta também é de cair o queixo: um farto punhado de amêndoas, cheia de gorduras -- benéficas, diga-se -- é capaz de reduzir o peso. E não só ele: a barriga também! Isso é o que mostra um estudo realizado no City of Hope National Medical Center in Duarte, Califórnia, nos Estados Unidos, e publicado no International Journal of Obesity. Em seis meses, os pacientes que adotaram diariamente 84 gramas da fruta oleaginosa (cerca de 70 unidades!) reduziram 18% do peso e 14% da medida na cintura. O colesterol ruim (LDL) também diminuiu 15% e os triglicérides, 29%. O grupo que se deliciou com as amêndoas perdeu também 56% a mais de gordura corporal em comparação com a turma que ingeriu o mesmo número de calorias na forma de carboidratos complexos, que estão nos cereais integrais, no arroz, nos pães, nas massas e nas batatas. Além das fibras, que afastam a fome por mais tempo, a amêndoa contém ômega-3, gordura do bem que ajuda a estimular os hormônios da saciedade, afirma a médica ortomolecular Heloísa Rocha, do Rio de Janeiro. Também é riquíssima em vitamina E, que regula os hormônios sexuais tanto no homem como na mulher. Nele, a banana verde facilita a formação de massa magra. E, quanto mais massa magra, maior a queima de gordura. Nela, o mesmíssimo amido resistente evita o estoque das células gordurosas. Ou seja, o peso despenca.

Respire fundo e perca peso

Respire fundo e perca peso

Emagreça com Saúde!

Se você não presta atenção nesse ato involuntário, é bom ficar ligado. O ar que entra e sai sem pedir licença pode ser um aliado e tanto de quem quer exterminar os quilos extras

Por CARLA CONTE

Complemento. Página 1 de 1

Seu desejo é reduzir as medidas? Então, respire. Fundo. E na barriga não no peito. Pouca gente associa o ato de respirar com o emagrecimento, mas, acredite, há uma relação estreita entre uma coisa e outra.

Para começar, saiba que a ansiedade é um dos principais inimigos de um corpo enxuto. Basta lembrar aqueles momentos em que estamos com os nervos à flor da pele. O que acontece? Normalmente, atacamos a geladeira na tentativa de relaxar. Iniciar uma dieta também dispara os batimentos cardíacos de qualquer um, já que a restrição alimentar lembra sofrimento. Resultado: nossa respiração fica curta e se concentra na altura do peito, com movimentos superficiais e rápidos. Essa é a chamada respiração torácica. Que, diga-se de passagem, tem o ritmo perfeito para acumular gorduras!

Já aprender a respirar, o que significa fazê-lo mais profundamente, é uma ótima estratégia para mudar não só o estado de espírito mas também nossas atitudes, inclusive frente ao prato. A respiração correta é um dos pilares para o tratamento de casos de ansiedade e obesidade, garante o médico e psicoterapeuta Geraldo Possendoro, especialista em ansiedade e professor de Medicina Comportamental da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp.

Nossa proposta, então, é a seguinte: comece agora, neste instante, a sentir a diferença que faz uma respiração tranqüila. As técnicas são simples e eficazes. É só seguir o passo-a-passo:

1. Respire pausadamente. E não no peito, por favor.
2. Ponha o ar lá para baixo das costelas, sinta a barriga ir para fora e depois para dentro sem estufar o peito.
3. Repita o procedimento por alguns minutos. Você vai notar seus batimentos cardíacos e sua mente mais tranqüilos.

Os sentimentos afetam o modo como respiramos. E vice-versa: se você mudar conscientemente a maneira como respira, será capaz de alterar o jeito de sentir e ver as coisas, afirma Anderson Allegro, biólogo e professor de ioga de São Paulo (www.yogasite.com.br). E aí, ao ficar mais calmo por respirar profundamente e de-va-gar, suas chances de tomar decisões mais apropriadas na hora de comer e de tocar a vida vão aumentar -- e muito.

Algumas dicas de Anderson vão ajudá-lo a respirar melhor
(e, de quebra, a conquistar um corpo mais magro)

* Preste atenção na respiração. Isso aumenta e melhora a sua percepção do corpo e do momento presente.
* Sempre que possível, inspire e expire pelo nariz.
* No dia-a-dia, procure inspirar e expirar usando TODO o sistema respiratório. Ou seja, sinta o ar entrar pelo nariz, passar pelo peito, ir em direção ao baixo ventre e sair fazendo o caminho oposto.
* Treine algumas vezes por dia a respiração diafragmática (justamente aquela na região do abdômen). Vale fazer por 10 minutos, mas, se puder, repita outras duas vezes ao dia.

Como fazê-la? Esta técnica é pra lá de eficiente:
1. Deite de costas, com os joelhos flexionados e os pés apoiados no chão.
2. Esvazie completamente os pulmões e comece a inspirar levando o ar para a parte baixa desse órgão, deixando-o seguir na região do abdômen e projetando a barriga para fora. O peito permanece vazio, sem se mover.
3. Faça uma pequena pausa com os pulmões cheios e, em seguida, esvazie-os, "empurrando" o umbigo na direção das costas só com a força da respiração.
4. Se quiser, pode respirar sentado, mas com a coluna bem ereta.