quinta-feira, 28 de junho de 2007

autismo infantil- o que é e como tratar

O autismo não é considerado, hoje, um estado mental fixo, irreversível e imutável, mas o resultado de um processo que pode, ao menos em parte, ser modificado por meio de intervenções terapêuticas. É o que nos mostra o professor de Psiquiatria para a Infância e a Adolescência da Universidade de Paris, Pierre Ferrari, em um amplo panorama desse complexo distúrbio da personalidade. Ele nos alerta: “O autista é um indivíduo que merece a dignidade de ser reconhecido em suas diferenças”.
Ele se balançava sem parar e não demonstrava nenhuma afeição por quem o servia… Não reagia ao disparo do revólver, mas voltava-se na direção de um estalo de casca de noz.
Fuga da realidade, retraimento para o mundo interior, indiferença à presença das pessoas, dificuldades em estabelecer relações sociais… Tipo severo de desordem da personalidade que altera muito precocemente - às vezes desde o nascimento - a organização da vida interior da criança e sua relação com o mundo exterior, o autismo continua um desafio para especialistas, pais e educadores.
Em Autismo infantil - O que é e como tratar, lançamento de Paulinas, Pierre Ferrari, professor de Psiquiatria para a infância e a adolescência da Universidade de Paris, apresenta um amplo panorama desse complexo distúrbio da personalidade: a evolução e as diversas correntes de estudos; os métodos de avaliação e diagnóstico; fala da importância do diagnóstico precoce por profissional especializado que permite a aplicação de medidas educativas, pedagógicas e terapêuticas que condicionarão a qualidade da evolução da criança e o adequado acompanhamento familiar.
A obra oferece grandes contribuições acerca do comportamento dos responsáveis pelos cuidados das crianças e aborda a questão do autismo na adolescência e na vida adulta. O autor enfatiza a importância do reconhecimento do autista como sujeito, que merece a dignidade de ser reconhecido em suas diferenças e de ter assegurados os meios que permitam uma autêntica comunicação e convivência com as outras pessoas.
Alguns especialistas consideram o autismo uma alteração global da personalidade e da relação com o mundo, enquanto outros acreditam que deve ser concebido como um transtorno invasivo do desenvolvimento, bloqueando na criança a organização das grandes funções psicológicas. Muitas vezes confundido com outras síndromes, esse transtorno apresenta-se com algumas características marcantes e, em geral, consiste na incapacidade de estabelecer relações normais com as pessoas e de reagir normalmente às situações, desde o início da vida.
O termo “autismo” origina-se do grego Autós, que significa “de si mesmo”. Foi empregado pela primeira vez em 1911, pelo psiquiatra suíço Eugen Bleuler, para descrever a fuga da realidade e o retraimento para o mundo interior dos pacientes adultos acometidos de esquizofrenia. Somente em 1943, o psiquiatra Leo Kanner descreveria com maior precisão o autismo infantil. A partir da década de 70, os meios científicos manifestaram um crescente interesse pelo assunto, o que possibilitou o desenvolvimento de pesquisas nos âmbitos neurobiológico, cognitivo e psicanalítico.
Fonte: Paulinas Marketing

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